7 de maio de 2014

Você me fez acreditar novamente


Ainda não nos conhecemos muito bem, talvez seja um pouco cedo para dizer isso, mas arrisco te dizer que de certa forma você mexeu comigo. Fazia tanto tempo que ninguém conseguia fazer com que eu me sentisse dessa forma, que até comecei a duvidar se algum dia sentiria novamente aquilo que já senti um dia. E você chegou quando eu não esperava, quando eu já havia desistido. Faz pouco tempo desde a sua chegada e você já está me fazendo acreditar que posso ser capaz de sentir de novo, de amar de novo. Está me mostrando que estava errada todo esse tempo em que estive desacreditada. Porque você conseguiu despertar algo em mim, e pouco tempo foi o bastante para isso.

Ainda não sei como ou o que em você fez cair por terra o muro que tinha erguido à minha volta para me proteger daquilo que já senti intensamente e que causou um estrago terrível dentro de mim, daquilo que lutava para não sentir novamente (até que chegou um momento que não precisava mais lutar, porque já não conseguia sentir mais nada). Foi quando estava desacreditada, e por muito tempo continuei assim, sem esperança. Mas foi quando você chegou que tudo mudou. Pois os sentimentos são inevitáveis e só quando você chegou eu não lutei contra esse sentimento, nem contra a sua entrada na minha vida. Só comecei a desejar sentir tudo aquilo que já senti um dia.

Ainda há muito que te conhecer e não vou deixar essa chance passar, porque por algum motivo você apareceu na minha vida e suponho que tenha sido para fazer com que eu acredite de novo, independentemente do que aconteça. Apenas devo tentar novamente, porque com você parece certo. Porque por você vale a pena tentar, vale a pena dar uma nova chance para mim mesma, para o que nós podemos ser. É por você que tudo está mudando. Pois quando você chegou trouxe uma sensação conhecida, uma sensação de paz. Sensação essa que não sentia há muito tempo e só consigo sentir quando estou com você. Você é a minha esperança, o motivo de acreditar mais uma vez.

30 de abril de 2014

Não somos feitos um pro outro



Não demos certo antes e nem depois. Mas desde o início sabíamos que não daríamos certo e mesmo assim insistimos. Insistimos na ilusão de fazer aquilo que era impossível, ser possível. E pra que? Se não tínhamos nada a ver um com o outro, se éramos totalmente opostos... Mas não dizem que os opostos se atraem? Talvez isso tenha nos levado a tentarmos. Mas essa teoria não funcionou no nosso caso e nunca funcionará. Isso era perceptível não só por nós, mas para qualquer um que nos visse juntos.

Desde o início sabíamos que não teríamos um futuro pela frente, que não compartilharíamos nossas vidas.  Nossos destinos não eram para ter se cruzado, simplesmente nos esbarramos por engano no caminho. Mas saiba que apesar de tudo, foi bom ter te encontrado. Já te disse isso antes, não disse? Porém nossas peças não se encaixam, não completamos o quebra-cabeça. Não somos feito um para o outro, como dizem por aí. Essa é a verdade.

E como já era previsível, não conseguimos tornar o impossível ser possível. Porque insistíamos em algo que não era para ser, que não dava certo, que não combinava. Poderíamos tentar várias vezes, mas nossa história acabaria sendo da mesma forma e teria o mesmo final. Não tem como ser diferente.  Nós sempre soubemos disso.

E olha, você sabe o quanto quis que fosse diferente, não sabe? Assim como você também queria. Mas acontece que só o querer não foi o suficiente e nem será no nosso caso, (in)felizmente. Existe mais além que isso e por mais que tentarmos não conseguiremos sermos um só, nossas peças continuarão não se encaixando. Mas não devemos levar o peso da culpa, porque sempre soubemos como seria e mesmo assim quisemos arriscar.

8 de janeiro de 2014

Nossos velhos planos


Às vezes me pego sorrindo ao lembrar de nós, ao lembrar dos nossos planos para o futuro. De nós dois você era o que sonhava mais alto, enquanto eu era mais pé no chão. Mas eu te acompanhava nos teus devaneios, porém sempre com um pé atrás, tentando ser mais realista. No entanto, nunca houve problema. Até admirava a sua coragem de se permitir sonhar alto, coisa que eu nunca me permitir fazer, talvez por medo. Gostava te ver planejando coisas e entusiasmado com cada ideia que tinhas, gostava de ver o teu lindo sorriso estampado no rosto. Te ver feliz. Porque também era assim que eu me sentia. A tua felicidade também era a minha.

Lembra quantas noites ficamos acordados na tua cama planejando nossas viagens, nosso casamento, apartamento e filhos. Parecia tudo perfeito, com cada detalhe pensado. E quando me refiro aos "nossos planos", atribuo boa parte deles à você. Apenas tinha uma pequena parcela de participação neles -confesso. Poderia ter participado mais, planejado mais coisas junto com você, reconheço. Talvez seja um dos motivos pelo desfecho de tudo. Se for, me perdoe porque estraguei todos os nossos sonhos -mesmo sendo tarde demais para dizer isso- apenas quero que saiba que eu reconheço. Mas quando lembro de alguns planos, penso em como teriam sido se tivéssemos realizado eles. Será que teriam saído como o que havíamos planejado? Isso já passou pela sua cabeça também, em como tudo poderia ter sido? Você ainda se pega lembrando dos nossos planos? Porque eu sim!

Sei que agora tudo são velhos planos, são velhos tempos, e que não faz muita diferença ficar pensando em como tudo poderia ter sido. Certamente você já tem novos sonhos e projetos de vida, eu também. Parece até ridículo ficar lembrando de tudo isso e dizer que lembrar de você ainda me faz sorrir. Mas não me importo em confessar isso, não há problema algum. Porque isso não significa que eu espero você voltar para vivermos aquilo que não vivemos. Só significa que ainda te guardo no meu coração com um carinho enorme, mas um carinho diferente. Entende? Porque agora, tudo é passado. Eu sei. Mas você, ainda faz parte da minha história. E sempre, sempre vou sorrir ao lembrar dos nossos velhos planos, ao lembrar de nós.

22 de dezembro de 2013

Por você ser assim, do jeito que é


Naquele dia você percebeu o meu silêncio. Estava quieta no meu canto, aliás, mais quieta que o normal. Estava refletindo sobre algumas coisas da minha vida e principalmente refletindo sobre você -ou melhor, sobre nós-, estava procurando a resposta para o que eu havia visto em você que me fez gostar tanto assim de você. Como sempre, eu e a minha mania de tentar encontrar resposta para tudo!

Estava um bom tempo observando o modo largado que você estava sofá, o jeito que você virava cada página, o ritmo da sua respiração e cada detalhe teu. Mas você deve ter percebido que alguma coisa estava errada com aquele silêncio, o que fez você deixar de ler o livro que eu havia te dado há alguns dias e ir até onde eu estava parada na porta da cozinha te observando. Você foi com aquele sorriso que vai surgindo no canto da boca, aquele seu sorriso safado que me deixa toda derretida. Quando você chegou mais perto, me agarrou pela cintura e foi me levando para o meio da sala. Foi aí que você colocou a nossa música para tocar e me puxou para mais perto de ti para dançarmos -e você sabe o quanto sou péssima nisso-. Eu estava tentando sair dos teus braços, mas já era tarde demais, eu já havia entrado no teu jogo.

Enquanto dançávamos a nossa música eu olhava aqueles teus olhos claros, aquele teu cabelo preto meio grande e liso, aquela tua boca que só de olhar dava vontade de beijar. Me concentrei em cada detalhe teu, em cada traço do seu rosto que não havia visto antes. Tentei novamente encontrar a resposta para a pergunta que estava martelando na minha cabeça antes de você me puxar para dançar, mas nem lembrava mais qual era a pergunta. Porque quando estou com você esqueço o que se passa aqui dentro de mim e lá fora. Porque tu és como um porto seguro para mim.

Mas quando você notou o meu contínuo silêncio perguntou se estava tudo bem e eu apenas sorri, pois estava começando a entender porque amava você. Foi aí que você falou bem baixinho que me amava, mas soou alto o suficiente para que eu pudesse ouvir e alto o suficiente que nem deu para ouvir em que trecho a música estava para saber se tinha alguma relação com o que você tinha acabado de dizer. Eu sorri e repeti as mesmas palavras que você havia me dito, me pressionei ainda mais contra o teu corpo e pude sentir as batidas irregulares dos nossos corações. Pude ver nos teus olhos o quão do fundo aquelas palavras haviam vindo e o quão sinceras elas eram. Foi nesse momento que tive a certeza do porque havia escolhido você, tive a resposta para o que procurava outrora. É por você saber sempre o que fazer e o que dizer no momento certo e na hora certa. É por você ser assim do jeito que você é, com todos os seus erros e defeitos.